Entrevista com o RESTART!

Nos intrevistando o restart isso mesmo o restart


A média de idade da banda é menor que 18 anos. Vocês têm outros planos na cabeça além da música, como faculdade, por exemplo?








Nós temos a banda como uma opção de investimento. Eu tenho amigos, que em vez de fazer uma faculdade, foram fazer um intercâmbio, que estão no pique de estudar fora, aprender uma língua nova em um, dois anos e voltar para conseguir um emprego ou fazer uma faculdade.



A banda é como se fosse uma opção a mais. Não é todo mundo que pode fazer isso. Então, acho que agora, não temos pensando em nada além disso.



Eu até comecei uma faculdade esse ano (de produção musical), mas eu tranquei porque não dá tempo mesmo. Não é nem por falta de vontade.



Eu tenho muita vontade de voltar a fazer uma faculdade e os moleques estão se formando esse ano, também têm vontade. Mas agora, nós não estamos com tempo, nem cabeça pra pensar. A gente tá 100% focado na banda. Não fazemos mais nada. Quando eu falo nada, é nada mesmo além de banda (risos).









E quando montaram a banda, qual era a principal inspiração musical de vocês. Alguma banda em especial?







Tem gente que até não acredita, devido a nossa idade. Eu e o Koba estudamos quatro anos em conservatório. A gente tocava MPB, jazz e samba. O Pe e o Thomas sempre foram autodidatas, mas eles curtiam ouvir muito Guns ‘N Roses, Led Zeppelin, coisas mais clássicas.



Quando a gente formou a Restart estávamos muito ligados em bandas de Myspace. Os gringos têm uma cena independente muito forte. Um monte de banda, que são gigantes, fazem turnês pelo país todo e chegam a tocar na Europa e Japão e que às vezes não chegam ao Brasil porque não tem o apoio de uma grande gravadora, então eles se viram sozinhos mesmo.



São bandas como o All Time Low, The Maine, Cobra Starship, que é uma banda que está chegando cada vez mais aqui no Brasil e tocando na rádio. E são nomes como esses que na época estávamos ouvindo muito e acho que influenciaram diretamente mais nas composições.



Quem compõe a maioria das músicas somos eu e o Koba. Eu costumo escrever a letra e o Koba chega com uma batida.



Mas falar que só essas bandas são influências fica pequeno demais porque a gente ouve de tudo. Então, até hoje eu curto ouvir MPB, Rock, como Jimi Hendrix. Eu piro nisso e os moleques também.



Eu acho que tudo vira influência porque você pega o violão e vai reproduzir tudo aquilo que tem escutado e o que tem de bagagem musical.



A Restart é uma mistura de tudo isso que a gente ouve desde os nove, dez anos de idade. A Restart é o resultado dessas nossas experiências com bandas, de nosso estudo e interesse em conhecer sons novos. Então é uma “mistureba” na real.









Fale um pouco do visual da banda. Vocês dão bastante importância para isso. De onde veio a inspiração para o colorido nas roupas?







Divulgação



O colorido é uma marca forte da banda

A influência dos gringos também tem muito no visual. As bandas de fora se vestem muito bem há muito tempo. Elas sempre conseguem mesclar um som bacana e um visual legal e acho que a gente acoplou isso à Restart.



As nossas músicas são pra cima e queríamos juntar isso ao visual também.



E para mim, show tem que ser espetáculo. Independente de quanto você tem de dinheiro e pode investir. Não adianta você chegar lá e o show ser legal. Quando a pessoa vai a um show, tem que ter um cenário legal, o cara tem que ter uma roupa legal, tem que ter um instrumento legal.



Nós sempre consideramos o visual, tanto para foto quanto show e site, muito importante. Você acaba influenciando as pessoas não só com o som, mas com a imagem que elas têm de você.



E o lance do colorido, a gente quis juntar pelo fato de o nosso som ser feliz. Então quando você vai ao show, as músicas são muito alegres e aí olha para o palco e vê um amplificador listrado, coloridão. Você olha para o menino que está cantando e ele está usando uma calça verde-limão, com uma camiseta roxa! E meio que mescla tudo.



E aí, a gente começou a ver em shows, que os moleques também estavam curtindo, usando calças coloridas e as meninas achando demais. Então pensamos: “Vamos firmar isso. O lance do visual, do colorido”.









Vocês ouvem o pessoal fazer comparações entre vocês e o Cine? Concordam?







A gente ouvia mais. Porque a Cine e a Restart saíram do mesmo lugar. Os moleques também são aqui de São Paulo. Todo mundo começou tocando na Tribe House, um lugar onde a gente toca lá, a Cine toca lá também. É a nossa casa.



A diferença é que a Cine tem dois anos a mais que a gente de banda. Não sei se é um ou dois anos. Então, quando eles surgiram primeiro na mídia, a gente já existia, só que não tinha CD.



Quando a gente apareceu, a primeira coisa que a galera falou foi: “Putz, os caras são iguais”. Por que? Porque é novo. Mas, se você for olhar para a Cine agora, eles já não estão mais tanto nessa parada do colorido.



O Cine tem umas batidas mais “dance”, uma influência muito maior da música eletrônica do que a gente e visualmente não tem muito essa pegada coloridona, muito chamativa. Eles se vestem muito bem, também tem a influência visual dos gringos, mas eu acho que é outra vertente.



Mas isso acontece com todo mundo, assim quando apareceu o Nx Zero e depois o Fresno, todo mundo falou que era a mesma coisa.



Porém, as semelhanças entre as bandas, acho que a galera vai percebendo com o tempo, que são coisas diferentes. Ainda rola de o pessoal jogar tudo no mesmo saco, mas quem faz isso é a galera do preconceito.



Acho que com o tempo isso vai sumindo. O Cine é o Cine, o Restart é o Restart. Cada um está fazendo o seu trabalho.









Vocês gravaram o primeiro CD pela Maynard Music. Das 10 faixas do disco, qual é a mais especial para você e por que?







Difícil falar hein? (risos). Dessas dez músicas, eu só não compus uma. Quando definimos o repertório, tínhamos 20 músicas, que eu tinha composto com o Koba e tal. Imagina, limpar dez músicas?



Escolhemos as dez que gostávamos muito. Mas, falar só uma? Bem, eu gosto muito de Recomeçar, que é essa que está tocando e a que tem mais a cara da banda, mais nossa pegada e força. Eu gosto de ouvi-la, desde a primeira vez que a gente tocou.



Mas, eu também gosto muito de Amanhecer No Teu Olhar, que é uma baladinha e a galera gosta muito. E porque também tem toda uma representação pra mim e é uma música velha e representou muito uma fase da minha vida.



Levo Comigo, que também é uma outra balada, que também representa uma grande parte da minha vida, uma história que eu tive.



Final Feliz, que tem o refrão que o Koba fez, também há muito tempo.



Falar uma música só, eu vou me sentir mal (risos).









Como vocês lidam com a histeria das fãs? Já sairam machucados alguma vez?







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Relacionamento com as fãs é valorizado pela Restart

A histeria das nossas fãs é demais! O nosso tipo de fã, não é um tipo de fã normal. É aquele fã longe de comparações, por favor.



São meninas que vão para fila às seis da manhã e quando elas encontram a gente, ficam sem palavras. Quando vê você, começa a chorar.



E é aquela fã que faz a coisa acontecer. Ela não ouve a Restart e guarda para ela. Ela até gostaria, pois morre de ciúmes, mas ela precisa gritar e mostrar, criar um fotolog, andar com a camiseta e falar para mãe dela e pro pai, tia... então, é um amor meio louco.



Eu tenho uma história. Uma vez eu fui ao shopping, na Avenida Paulista (São Paulo). Já faz um tempo isso, vai fazer uns seis meses, acho. Imagina, a banda não tinha nem a metade do tamanho que tem agora.



E tava rolando alguma coisa na rádio 89 Fm, alguma promoção da rádio. Então, tinha umas 300 pessoas na porta da rádio. E eu nem liguei, nem tinha noção de nada disso. E eu estava no shopping com um amigo e umas meninas viram. Vieram conversar, tirar foto... umas dez meninas. Tiraram foto, dei autógrafo e elas foram embora.



No que eu entrei no shopping, começou a correr gente. Entrei em choque. Eu estava parado, eu e meu amigo, e as 300 meninas que estavam na porta da rádio e não tinham conseguido entrar, foram para o shopping.



E foi aquela histeria. Os seguranças do shopping rindo (risos), a galera das lojas “rachando o bico” e eu sozinho. Só sei que começou a tomar uma proporção de gente, que meu amigo me abraçou e disse: “Gente, deixa ele ir, pois precisa ir embora”. Senão eu não ia conseguir sair de lá.



E a galera não saía. Então meu amigo me abraçou e disse “vamos embora” e começou a empurrar a galera. Ele disse “vamos correndo” e então me puxou. No que ele me puxou para correr, estávamos em um corredor. No que ele começou a correr, as 300 pessoas começaram a correr.



Você não faz idéia! Isso é perigoso até. O estande da Chilli Beans (loja de óculos) quase foi para o chão. Derrubaram placas do shopping!



Eu saí sangrando. Uma menina tentou me segurar pelo rosto com a unha. Fiquei com uma marca de quatro unhas em minha bochecha e a galera ainda tentou tirar minha cueca. Acho que essa foi a vez mais assustadora (risos).









E tem uma história com vocês quatro?







Uma vez, fomos fazer o pit stop da rádio Metropolitana, em São Miguel Paulista (São Paulo). E foi nosso primeiro evento de rua com eles.



A gente chegou na praça do evento, tinham 2 mil pessoas lá. Entramos em choque. A galera invadindo a van em que estávamos. Subindo em cima da van, arrancando adesivo, batendo no vidro.



Tinham seis seguranças e o pessoal da rádio entrou em choque. Tivemos que sair. Saímos e no que voltamos, a polícia havia interditado a praça, com o Corpo de Bombeiros.



Falaram que se a gente voltasse, seríamos presos e a banda iria levar um processo (risos).



Na real, todo lugar que a gente vai, tem acontecido isso. Outro dia fomos gravar no programa Pânico da Rádio Jovem Pan e anunciamos umas três vezes em nosso Fotolog que horas iríamos para lá.



Interditaram o prédio! Tinha tipo, 300 pessoas de um lado do prédio e 300 do outro!



Então tudo, graças a Deus, tem sido frenético. A gente fica com medo às vezes, mas isso é demais.









Diga para a gente qual é o passatempo predileto da banda, quando não está em cima do palco ou em estúdio tocando.







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Pe Lanza, Pe Lu, Thomas e Koba formam a Restart

Nós temos aproveitado nosso tempo livre para ficar com as pessoas que a gente gosta, acho que nós quatro. Ficamos com amigos e família porque a correria tá muito grande.



Nosso passatempo tem sido ficar tranqüilo, aproveitar para ficar a nossa família. Então aproveitamos o tempo livre para descansar, pois nossas vidas têm sido uma balada (risos).



Eu posso citar alguns hobbies: O Koba gosta de tocar, ele toca o tempo todo violão, fica ouvindo coisas novas. Nós gostamos muito de jogar videogame. O Pe e eu gostamos de jogar muito, ficamos horas jogando. O Thomas andava de skate, agora não muito.









Deixe um recado para os fãs da banda no Vaga-lume!







Queria primeiro agradecer muito quem acompanha a banda desde sempre e que agora está cada vez mais com a gente. E parece clichê, mas de verdade, sem vocês a gente não é nada. Sem vocês, nada acontece.



A Restart são vocês, nós amamos vocês!

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